Beschreibung:
Este livro traz contribuições pouco conhecidas sobre as iniciativas assumidas pelo Estado em estabelecer o domínio sobre os computadores "eletrônicos" em contextos tão distintos quanto os governos democráticos de Juscelino Kubitscheck e a Ditadura Civil-Militar. Resultado das pesquisas acadêmicas dos autores sobre o tema, com apoio do CNPq, Unesp e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, o livro discute os interesses do Estado em inserir as tecnologias computacionais a partir do Grupo Executivo para Aplicação de Computadores Eletrônicos (Geace) para guiar das decisões do Plano de Metas (1958-1962) e a criação do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), voltado especialmente para solucionar o problema de arrecadação de impostos do país. Tais experiências voltadas à construção de um Estado moderno, tiveram repercussão na construção de expertises que se refletiriam nas décadas seguintes na busca pela autonomia tecnológica.
Introdução1. Processando o surto do desenvolvimentismo – as primeiras iniciativas do governo no campo da informática1. Os cérebros eletrônicos2. O espaço da técnica e do "computador eletrônico" no Plano de Metas2.1 A administração "paralela"2.2 Opção pela importação de tecnologia3. Grupos para aplicação de computadores, agentes e expertises3.1 GTAC e Geace – objetivos e composição3.2 Características dos agentes do GTAC/Geace3.2.1 Os militares e seus espaços de saber3.2.2 Os especialistas estrangeiros: Helmuth Schreyer e Theodoro Oniga3.2.3 Os civis4. Idealização de um CPD de Governo pelo GTAC5. O Geace em ação5.1 O CPD de Governo – diretrizes e primeiros cursos5.2 O curso de pós-graduação – formação de "tripulações" para CPD6. Os limites da expertise – as ações do Geace em prol de um Centro de Processamento de Dados6.1 Normas para projetos e o início do isolamento do Geace6.1.1 O poder da IBM6.1.2 A modalidade de locação de equipamentos7. A questão IBGE e o Univac 11057.1 O convênio IBGE-Geace-MEC e o CPD de Governo que não funcionou7.1.2 O efêmero CPD de Governo e o "elefante branco da Praia Vermelha"7.1.3 Epílogo7.1.4 Contraponto: um CPD eficiente – o caso da PUC-Rio8. A última ação do Geace: I Simpósio Nacional para Computadores Eletrônicos9. Fim do Geace10. Conclusão: o isolamento do Geace2. O desenvolvimento da informática no Brasil sob os primeiros governos da Ditadura Civil-Militar (1964-1970): o caso da Sucesu e do Serpro1. Contexto2. Os computadores a partir da Ditadura Civil-Militar3. Sucesu: da formação ao I Congresso Nacional de Processamento de Dados (1968)3.1 A expansão da Sucesu4. O Serpro como fio condutor do processo de informatização brasileiro4.1 O grupo de trabalho da FGV4.2 A institucionalização do Serpro5. Início das atividades5.1 A concorrência6. A influência da Usaid na Reforma do Ministério da Fazenda6.1 A criação da Usaid e sua presença no Brasil no início da década de 19606.2 A Reforma do Ministério da Fazendo e o diálogo Usaid/FGV7. O Serpro revoluciona a Fazenda (1968-1972)7.1 A chegada de José Dion de Melo Teles à direção do Serpro7.2 Modernizando o Serpro7.3 A fiscalização eletrônica7.4 O Cadastro Geral de ContribuintesConsiderações finaisReferências